Não é um jogo fácil. Envolve logística e planejamento. Cada jogador representa uma família italiana, que, durante o jogo, buscará o maior número de pontos de vitória, que representam prestígio. Para isso, os jogadores precisam construir cidades e chamar atenção dos "bam-bam-bans" da Itália, como o bispo, o banqueiro, etc. e também agradar os mais "pés-de-chinelo", como o aprendiz, o mercador, etc. Não é fácil querer ser príncipe!
Para construir cidades, os jogadores têm que coletar cartas de diferentes cores. Depois, tem um sistema de "personagens", em que o jogador tem benefícios em certas áreas onde consegue se destacar, ganhando mais pontos ou mais dinheiro.
O jogo trabalha muito com cores, o que facilita bastante o entendimento. A mecânica básica é o leilão, ou seja, o jogador tem que saber comprar na hora certa as cartas de construção, para poder construir as cidades e também puxar o saco dos "hómi lá de cima". A puxação de saco acontece colocando "escudos" nas regiões do tabuleiro onde as famílias constroem suas casas. Quanto mais escudos, mais prestígio a família terá e mais pontos conseguirá no final da partida.
Apesar do tema não agradar a todos, a mecânica é genial. No meu caso, achei o tema super interessante. Acredito que o sistema de jogo inventado por Emanuele Ornella, mesmo tendo mecânicas já conhecidas como o leilão (auction, como em "Ra") e a o uso de personagens (roles, como em "Puerto Rico"), faz de "El Principe" um item obrigatório na coleção dos gamers de plantão. Tem que rachar a cuca para se jogar bem, meu chapa. Existem várias decisões difíceis durante os turnos, devendo sempre prestar atenção no jogo do(s) adversário(s).
Mais detalhes em http://www.boardgamegeek.com/boardgame/19650