domingo, 15 de agosto de 2010

"1912": uma ótima expansão para o jogo "Ticket to Ride: Europa"


Ticket to Ride é um dos jogos de tabuleiro que mais fazem sucesso hoje no mundo. Esse sucesso não é à toa: ele é fácil, tem regras simples, boa interação entre os jogadores, e muito dinâmico. Apesar de ter uma boa dose de sorte envolvida, o Ticket exige do jogador um bom senso estratégico, ou seja, é preciso que ele tenha em mente um planejamento, que pode ser às vezes complexo dependendo das cartas que saíram e do nível dos adversários.

O jogo consiste em ligar cidades dentro do mapa. Para isso, os jogadores precisam baixar, de suas mãos, as cartas de vagões exigidas pelo mapa. Por exemplo: o mapa exige três vagões vermelhos para ligar as cidades "X" e "Y", portanto, o jogadores devem baixar três cartas de vagão vermelho para fazer a ligação.Quanto mais vagões colocados, mais pontos se ganha. Esse é o espírito do jogo. No meio disso tudo, os adversários precisam completar suas rotas e, não raras vezes, vão querer ligar as mesmas cidades que você precisa para suas rotas! Esse é "tcham" da disputa!

O melhor da série, na minha opinião, é o “Ticket to Ride: Europa”. O jogo traz um mapa grandão da Europa com algumas das cidades mais importantes. O jogo, em si, já era muito bom, mas vamos falar da expansão “1914”, que dá uma bela apimentada nas disputas.

A expansão traz algumas novidades que, além de oferecer novos desafios, deixa o jogo ainda mais “gamer”, ou seja, mais atraente para os jogadores experientes.

Com o “1914”, um jogo que a princípio era mais voltado para a “família” torna-se uma boa opção para os mais viciadinhos em tabuleiro.
São 3 novas maneiras de jogar, com novas cartas de objetivo. Se o jogador quiser, as rotas do jogo original podem ser substituídas por cartas com novos destinos e traçados nunca antes vistos.

Quanto às pecinhas, antes o jogo oferecia apenas os famosos trenzinhos e as estações (que possibilitavam que o jogador usasse trenzinhos adversários para concluir sua própria rota). Agora, com a expansão 1912, o jogo conta também com os “armazéns” (para que os jogadores guardem cartas ao longo da partida e de onde podem retirá-las futuramente, desde que paguem por elas) e também os “depósitos” (pecinhas de madeira que são colocadas nas cidades de preferência do jogador). Com essas novidades, o jogo ganha mais vida e se torna mais estratégico, apesar da sorte ainda estar envolvida nas cartas.

Cada vez que o jogador for pegar novas cartas de vagão, ele deve, antes disso, colocar uma carta (com a face virada para baixo) em seu “armazém” ou no “armazém” do adversário. Assim, esses armazéns vão ficando com uma pilha de cartas no decorrer da partida, o que faz “crescer os olhos” da galera. A qualquer momento da partida os jogadores podem retirar essas cartas, mas para isso devem fazer uma ligação entre cidades, sendo que uma dessas cidades precisa, obrigatoriamente, possuir um “depósito”.

Cada vez que o jogador consegue as cartas do armazém é uma alegria só. A mão fica cheia e, apesar do trabalhão para organizar aquele batalhão de locomotivas e vagões de diferentes cores, é uma grande satisfação para o jogador saber que agora ele está “munido”.

É uma experiência muito legal. Quem gosta do “Ticket to Ride Europa”, a expansão “1912” é um “must have”.