sexta-feira, 19 de junho de 2009

Um viva à música brasileira!

Confesso que sou um mau brasileiro. Falo mal à beça dos meus compatriotas e fico babando ovo pros países lá de fora. É um erro meu, eu sei, mas já tentei ser diferente - eu juro. Mas a cada dia que passa, fico ainda mais fulo com as coisas nesta nossa terrinha. A boa verdade é que não temos culpa de nada. A gente até sabe quem são os culpados disso tudo, mas é chato ficar aqui falando, falando e falando mal das coisas, das pessoas. Somos todos pecadores, burros e hipócritas. E isso já basta para eu calar aqui minha boca (meus dedos, na verdade).

Bom, mas falei tudo isso pra falar de música. Hoje arrumei um disco que realmente fala do Brasil. Conheci hoje um tesouro que não conhecia e que, ao meu ver, retrata o país bem melhor do que muito artista famoso por aí, inclusive no estrangeiro. O Brasil é lindo - pelo menos na música e nas paisagens!
Falo de Moacir Santos. Quem nunca ouviu falar (assim como eu, até então), trata-se de um compositor de veia realmente tupiniquim. Pernambucado, Moacir Santos é criador de um jazz-choro totalmente original, a cara do Brasil - lindíssimo. Lá fora, no estrangeiro, ele é ícone entre os jazzistas - mais reconhecido do que o próprio Hermeto. Só escutando pra sentir.

O disco que me libertou das trevas da ignorância em relação à obra deste gênio se chama "Choros & Alegria". Para quem pensa que pouco se aproveita da música brasileira (assim como eu pensava), aqui está a prova do contrário. O jazz misturado à brasilidade afrodescendente, com suas nuances muito próprias, me deixaram de queixo caído. Antes, achava que apenas Villa-Lobos, Ernesto Nazareth, Tom Jobim e alguns poucos salvavam a música brasileira. Eis que Moacir chegou com tudo para mudar todo meu conceito. Palmas para Moacir! Agora vou colocar aqui o disco "Coisas", de 1965. Coisa incrível! E viva o Brasil e sua música!
Pra quem quer conhecer um pouco mais: http://musicabrasileira.org/marioadnet/machoros.html

Minha pequeninha

Olhei nos olhos da minha pequeninha hoje, e nunca me senti tão velho. Mesmo ainda tão miúda, disse que estava apaixonada. Pai estranha isso. Ainda mais se for pai de primeira viagem. Ela fez uma carinha meio tímida e eu disse que era muito pequena pra pensar nessas coisas. Ela concordou. Ainda bem que ela não esconde isso de mim, pensei. Imagine só quando os marmanjos começarem a bater na porta de casa. É melhor que ela me dê logo essa notícia. Ficarei bravo? Vou ter vontade de esganar? No impulso, posso até pensar em fazer isso, mas tenho certeza que vou amolecer na hora “h”. A minha pequenina nasceu pra viver e os pais têm que entender que isso é coisa da vida. Num tem pra onde fugir. Chegará o dia que a pequeninha terá sua própria vida; o dia em que ela não será só nossa.

Acho que estou sendo um bom pai. Pelo menos tento. Apesar de algumas ausências e meu jeito meio (meio?) estranho de ser, tento sempre estar perto dela. Quer sempre brincar, e eu dificilmente nego. De cavalinho, super-herói, crocodilo que pega a sereia. Sempre tem uma brincadeira nova, mas também aquelas que se repetem sempre. Ela nunca enjoa, a imaginação parece sempre inventar mais um detalhe que não existia antes. Eu, com minha mente já de velho, tento acompanhar sem deixar transparecer o quanto é difícil acompanhar sua fantasia.

Hoje me senti bem velho, é verdade. E fiquei pensativo durante todo o dia. Minha pequeninha tá crescendo, o tempo passando e a vida mostrando que, graças à essa pequeninha, tudo vale a pena.

domingo, 14 de junho de 2009

Nova Zelândia no futebol e o Brasil no rugby

Assistindo ao jogo da Nova Zelândia contra a Espanha, pela Copa das Confederações, fica perfeitamente nítido o que é a massificação de um esporte em um país. Nós, brasileiros do futebol, damos risada vendo o time da Nova Zelândia em campo. O lance do zagueiro Boylens, no segundo tempo contra a Espanha, foi uma verdadeira piada (pra quem num assistiu, ele foi dar um chutão e errou feio, ficando a bola livrinha para o espanhol Villa marcar).
Assim como o futebol na Nova Zelândia, o rugby no Brasil não é massificado. Por aqui, poucos conhecem a bola oval. Pelo outro lado, os neozelandeses também devem dar risada da equipe brasileira de rugby.
Bom, a verdade é que o rugby vem crescendo no Brasil, tanto que nossa seleção feminina já é uma das mais respeitadas do mundo. Na Nova Zelândia, que eu saiba, não existe um time sequer de futebol que pode ser levado à sério. Analisando por esse lado, estamos na frente deles.
Fica só a pergunta: será que o brasileiro está preprado para jogar um esporte como o rugby, em que não existem "firulas", "malandragem", nem "ronaldinhos gaúchos"?

sábado, 13 de junho de 2009

Hoje foi dia de jogatina

Feriado prolongado. Nada melhor do que passar horas com os amigos e família jogando board games. Fui com meu amigo Jader até Sampa pra conferir a 1ª Virada Lúdica, no bairro da Liberdade. Chegando lá, logo de cara conhecemos o André Zatz (na foto acima, à direita), famoso desenvolvedor brasileiro de jogos de tabuleiro. Fomos convidados logo de cara para um playtest de sua nova criação, o "1, 2 ou 4" (nome temporário). Jogo inteligente, em que os dados são lançados após escolhas que exigem conhecimento de probabilidade e boa visão das ações dos adversários. À primeira vista, achei mais interessante do que o "Riquezas do Sultão", do mesmo autor. Parabéns, Zatz!

Depois, joguei esta belezinha:















Cave Troll

Este jogo foi uma grande surpresa. Joguei com Jesse, Stein e Jader. Os jogadores entram em cavernas em busca de tesouro, fazendo uso de vários personagens "rpgísticos". Temos bárbaros, cavaleiros, anões, espectros, ladras, e, claro, os TROLLS! Quando entram esses pequenos seres no tabuleiro, a pancadaria come solta. Jogo rápido, simples e MUITO DIVERTIDO. Acabei ganhando a partida depois de uma boa jogada no último turno. Agora já estou pesquisando preços para comprar o meu...















Para finalizar, eis a criatura: o TROLL!!!!