terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Porão das Peças - Desafio Atari

Não é só de jogos de tabuleiro que vive o Porão das Peças. Vou começar a registrar algumas jogatinas de videogame que rolam por aqui, principalmente os recordes. Hoje foi a vez do Atari ver mesa, com os clássicos River Raid e Seaquest, ambos da Actvision, e Asteroids.



Recordes a serem batidos, registrados hoje:
River raid - 36.710 Felipe (em 28/01/14)
Seaquest - 58.470 Alexandre (em 28/01/14)
Asteroids - 11.499 Felipe (em 28/01/14)

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Dragon Warrior - precursor do RPG japonês no Nintendinho

Esse lance de jogos é viciante e incrivelmente interessante. Um "gamer" de verdade não se resume a apenas um título ou a apenas uma modalidade ou estilo de jogo. Eu, apesar de não me considerar, hoje, um "gamer" - mas sim um admirador de jogos e jogador ocasional - sempre fui fã de videogames, e não apenas de board games. Quando moleque, meu primeiro console foi o Atari, depois o Phantom System ( que é versão brasileira do Nintendinho 8 bits, fabricada pela Gradiente). Nunca tive muitos cartuchos, mas aqueles que eu tinha faziam a nossa festa...!

Recentemente chegou meu Nintendinho, versão americana, comprado no eBay. Junto com ele, vieram seis jogos e um deles me chamou a atenção: Dragon Warrior. É um RPG antigão, lançado em 86 pela Enix, que pode ser considerado um dos precursores do RPG de videogame - verdadeira febre no Japão até hoje (pra quem não sabe, jogos da série Final Fantasy, por exemplo, são lançados em feriados para evitar que o pessoal pare a rotina de trabalho para comprar o jogo na loja).


Meu Nintendinho e o cartucho do Dragon Warrior


Em tempos de Xbox e Playstation boladões, você pode estar se perguntando: "por que esse Zé Ruela não deixa de lado essa velharia chata e não escreve sobre GTA, Battlefield ou Medal of Honour?". A resposta é simples: quem curte game de verdade gosta também da história, busca entender o contexto em que ele foi lançado e analisa o desenvolvimento da indústria dos jogos. Além disso, o ato de analisar os games e buscar sua história faz parte de um trabalho cultural. Então, se você é um mero apertador de botões, sedento por gráficos extraordinários e lançamentos fresquinhos, pare de ler isto agora. O papo aqui é outro. Estamos falando de história e jogabilidade à moda antiga ;-)



Dragon Warrior é um dos jogos que mais se destacam no mundo dos videogames, que firmou a base para grandes títulos como Chrono Trigger e toda a linhagem de Final Fantasy, só pra citar os mais famosos. É o famoso mundo do Japan RPG, que fez muita gente perder horas e horas na frente da TV para lutar com tudo quanto é tipo de monstro e se emocionar com enredos cativantes... Podemos dizer também que esse estilo de jogo fez nascer os RPGs massivos online, como Ragnarok e World of Warcraft.

Em Dragon Warrior (Dragon Quest, no Japão), a base do RPG está escancarada: o jogador deve ficar vagando pelo mapa para encontrar monstros e matá-los, com objetivo de subir de nível. Esse mecanismo se chama "Level Grinding" - grinding é o ato de perambular pelo mapa em busca de inimigos. Ao ficar mais forte, seu personagem pode vasculhar mapas mais longínquos, com monstros mais poderosos.


Fui pesquisar sobre o enredo do jogo e achei isso: "O personagem, em Dragon Warrior, é um descendente de Eldrick, herói que anos atrás salvou o reino de Tantegel do diabólico Dragonlord. Infelizmente o vilão voltou e, além de sequestrar a princesa Gaelin, o lagartão roubou a Bola de Luz, item mágico que espantava os monstros do reino. Agora, cabe a você salvar o reino e a princesa" (http://museumdosgames.blogspot.com.br/2011/03/dragon-warrior-nes.html)

O gráfico é considerado bem bonito para um jogo 8 bits. Em relação à jogabilidade, para tudo existe uma barrinha de menu, com diversas opções (conversar, subir escada, acessar os itens, etc.). O combate acontece em turno, ao contrário dos clássicos jogos Zelda, em que o personagem Link luta em tempo real, sem pausas. Há de se dizer que Dragon Warrior é um jogo encardido de difícil, e esse é seu charme, do jeitinho que um gamer de verdade gosta. Não é mamão com açúcar! 

Recomendo o jogo para quem curte RPG e também que gosta de "sentir" os jogos e "respirar" sua história. Não é recomendado para quem busca efeitos especiais e jogabilidade simplificada. 

E que venha o dragão!