segunda-feira, 7 de julho de 2014

Post nerd

Todos nós sabemos que existe um vasto mundo nerd correndo paralelamente ao mundo real. Para uns, é uma válvula de escape dos desajustados de uma sociedade débil e implacável; para outros, um faz de conta vivido por pessoas infantis, "criadas pela avó", às vezes consideradas portadoras de inteligência acima do normal ou até mesmo psicologicamente doentes. Vivendo na linha tênue desses dois mundos, vão aqueles que procuram aproveitar o que há de bom em ambos, deliciando-se com o abstratismo-matemático ou a fantasia do ambiente nerd, ao mesmo tempo em que tenta, da melhor forma possível, lidar com os desafios impostos pelo cotidiano de osso e carne. 

Nenhuma diversão é para sempre. A gente tem que estar preparado para pegar a prancha e ir embora quando a onda acaba. A vida é assim. Mas mesmo tendo que ir embora, o que fica é a certeza de que a praia vai estar sempre ali e as ondas são infinitas!

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Porão das Peças - Desafio Atari

Não é só de jogos de tabuleiro que vive o Porão das Peças. Vou começar a registrar algumas jogatinas de videogame que rolam por aqui, principalmente os recordes. Hoje foi a vez do Atari ver mesa, com os clássicos River Raid e Seaquest, ambos da Actvision, e Asteroids.



Recordes a serem batidos, registrados hoje:
River raid - 36.710 Felipe (em 28/01/14)
Seaquest - 58.470 Alexandre (em 28/01/14)
Asteroids - 11.499 Felipe (em 28/01/14)

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Dragon Warrior - precursor do RPG japonês no Nintendinho

Esse lance de jogos é viciante e incrivelmente interessante. Um "gamer" de verdade não se resume a apenas um título ou a apenas uma modalidade ou estilo de jogo. Eu, apesar de não me considerar, hoje, um "gamer" - mas sim um admirador de jogos e jogador ocasional - sempre fui fã de videogames, e não apenas de board games. Quando moleque, meu primeiro console foi o Atari, depois o Phantom System ( que é versão brasileira do Nintendinho 8 bits, fabricada pela Gradiente). Nunca tive muitos cartuchos, mas aqueles que eu tinha faziam a nossa festa...!

Recentemente chegou meu Nintendinho, versão americana, comprado no eBay. Junto com ele, vieram seis jogos e um deles me chamou a atenção: Dragon Warrior. É um RPG antigão, lançado em 86 pela Enix, que pode ser considerado um dos precursores do RPG de videogame - verdadeira febre no Japão até hoje (pra quem não sabe, jogos da série Final Fantasy, por exemplo, são lançados em feriados para evitar que o pessoal pare a rotina de trabalho para comprar o jogo na loja).


Meu Nintendinho e o cartucho do Dragon Warrior


Em tempos de Xbox e Playstation boladões, você pode estar se perguntando: "por que esse Zé Ruela não deixa de lado essa velharia chata e não escreve sobre GTA, Battlefield ou Medal of Honour?". A resposta é simples: quem curte game de verdade gosta também da história, busca entender o contexto em que ele foi lançado e analisa o desenvolvimento da indústria dos jogos. Além disso, o ato de analisar os games e buscar sua história faz parte de um trabalho cultural. Então, se você é um mero apertador de botões, sedento por gráficos extraordinários e lançamentos fresquinhos, pare de ler isto agora. O papo aqui é outro. Estamos falando de história e jogabilidade à moda antiga ;-)



Dragon Warrior é um dos jogos que mais se destacam no mundo dos videogames, que firmou a base para grandes títulos como Chrono Trigger e toda a linhagem de Final Fantasy, só pra citar os mais famosos. É o famoso mundo do Japan RPG, que fez muita gente perder horas e horas na frente da TV para lutar com tudo quanto é tipo de monstro e se emocionar com enredos cativantes... Podemos dizer também que esse estilo de jogo fez nascer os RPGs massivos online, como Ragnarok e World of Warcraft.

Em Dragon Warrior (Dragon Quest, no Japão), a base do RPG está escancarada: o jogador deve ficar vagando pelo mapa para encontrar monstros e matá-los, com objetivo de subir de nível. Esse mecanismo se chama "Level Grinding" - grinding é o ato de perambular pelo mapa em busca de inimigos. Ao ficar mais forte, seu personagem pode vasculhar mapas mais longínquos, com monstros mais poderosos.


Fui pesquisar sobre o enredo do jogo e achei isso: "O personagem, em Dragon Warrior, é um descendente de Eldrick, herói que anos atrás salvou o reino de Tantegel do diabólico Dragonlord. Infelizmente o vilão voltou e, além de sequestrar a princesa Gaelin, o lagartão roubou a Bola de Luz, item mágico que espantava os monstros do reino. Agora, cabe a você salvar o reino e a princesa" (http://museumdosgames.blogspot.com.br/2011/03/dragon-warrior-nes.html)

O gráfico é considerado bem bonito para um jogo 8 bits. Em relação à jogabilidade, para tudo existe uma barrinha de menu, com diversas opções (conversar, subir escada, acessar os itens, etc.). O combate acontece em turno, ao contrário dos clássicos jogos Zelda, em que o personagem Link luta em tempo real, sem pausas. Há de se dizer que Dragon Warrior é um jogo encardido de difícil, e esse é seu charme, do jeitinho que um gamer de verdade gosta. Não é mamão com açúcar! 

Recomendo o jogo para quem curte RPG e também que gosta de "sentir" os jogos e "respirar" sua história. Não é recomendado para quem busca efeitos especiais e jogabilidade simplificada. 

E que venha o dragão!