segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Opa! Temos mudanças na ortografia

Hoje, nosso super-presidente assina decreto sobre acordo ortográfico. É importante a gente ficar por dentro. Um link bem legal que achei sobre as mudanças está aqui: http://educacao.uol.com.br/ultnot/2008/09/29/ult4528u453.jhtm

O Acordo Ortográfico prevê mudanças como o fim do trema, a supressão de consoantes mudas, novas regras para o emprego do hífen, inclusão das letras w, k e y ao idioma, além de novas regras de acentuação.
Para se ter uma idéia, "vôo" não terá mais acento. O certo será "voo". "Enjôo" fica "enjoo". O trema, usado na palavra "tranqüilo", por exemplo, também desaparecerá. O correto será "tranquilo". "Pára", do verbo parar, também não terá mais acento. É só "para" mesmo, sem nada. Tem muito mais por aí...
Êta confusãozinha que isso vai dar!

domingo, 28 de setembro de 2008

Falta de bom senso

Eis que acabo de receber um email com um vídeo, cujo arquivo se chama "Flexibilidade militar". Ao abrir, vejo um filme, gravado em celular, de policial fardado rebolando ao lado de um velho maluco, talvez numa repartição militar, não sei ao certo. É triste ver um vídeo desse, que só serve para desabonar uma instituição que já passa por diversos problemas. Triste também saber que as pessoas, ao repassarem esse email, ainda escrevem "Sejamos duros, porém sem perder o rebolado! Dança Lolita!".

Esportes não-convencionais

Ah... o futebol. Esporte maravilhoso, com certeza. Mas existem outros. O Brasil, o país do futebol, é um pouco injusto com outros esportes - porque o público praticamente não tem acesso, diga-se a verdade. Nos Estados Unidos, duas paixões nacionais praticamente são desconhecidas por aqui - o football (futebol americano) e o baseball. Na Inglaterra e Austrália, temos o rugby, esporte bruto, mas de grande beleza e tradição. Aqui, a grande maioria dos brasileiros simplesmente o desconhece.
Graças ao advento da Internet, agora é possível acompanhar alguns desses jogos. Sites como JustinTV e MyP2P oferecem transmissões ao vivo de diversas competições, para nós, não convencionais. A imagem e o som, obviamente, não têm qualidade, mesmo porque as transmissões são piratas, por stream. Mas é a salvação num país onde os canais por assinatura fogem da realidade (são caríssimos) e, mesmo assim, não oferecem variedade de programação.

Política e religião

Nojo. Esta palavra resume bem o que sinto quando vejo líderes religiosos pedindo voto na TV. Não tenho nada contra crenças, mas sim contra o uso que certas figuras fazem das religiões. Religião trata de assuntos espirituais, crença, fé. Política é assunto mundano, carnal. Há uma relação entre um e outro, claro, mas é ridículo o modo como fazem. Se há essa necessidade de entrar para a política, que seja pelo menos de forma discreta. Tentar convencer usando o nome de Deus é triste demais. Se realmente existe justiça divina - e eu acredito que haja -, esses caras deverão se dar muito mal em breve.
Quando vejo religiosos indicando políticos chega a embrulhar meu estômago. Claro, pela Consituição Brasileira, todos têm direito de se candidatar a vereador, prefeito ou até mesmo presidente da República. Mas deviam repensar a lei que garante esse direito, já que eles parecem não ter o mínimo de simancol.
Existem casos em que esses "líderes" chegam a ameaçar fiéis - "Ou você vota em fulano ou Deus lhe mandará pro inferno". Esses religiosos-políticos seriam representantes da igreja e, por conseqüência, representantes de Deus. "A sociedade necessita de pastores. Vocês são as ovelhas, precisam ser guiadas". Sim, existem estes tipos de frases por aí - não exatamente com essa composição, mas com o mesmo conteúdo.
Não adianta: isso, pra mim, é inadmissível. Pessoas que se deixam levar por essa balela político-religiosa não podem ser levadas à sério, nunca.

Jogos modernos de tabuleiro

Xadrez, Gamão, Damas, Go. Jogos fazem parte da vida do ser humano, um instrumento cultural importantíssimo. Além dos jogos milenares, temos uma nova linha muito interessante, os chamados "jogos modernos de tabuleiro". No Brasil, eles são praticamente inexistentes. São poucos os títulos, quase sempre confundidos com "brinquedos". Dos mais famosos em terras tupiniquins, podemos citar War, Banco Imobiliário, Imagem & Ação, entre outros. Todos interessantes, mas não chegam nem perto dos jogos existentes lá fora.
Na Alemanha, a "brincadeira" é levada tão à sério que existe premiação aos melhores em cada modalidade. Trata-se do "Spiel des Jahres" - um prêmio cobiçadíssimo entre os criadores e produtores de board games. Títulos como "Agricola", "Puerto Rico" e "Antique" são praticamente desconhecidos no Brasil, mas fazem sucesso estrondoso na Europa e EUA. Quem tiver curiosidade, basta fazer uma visitinha ao BoardGameGeek.
É uma pena o Brasil estar tão atrasado nessa questão. Seria interessante se tivéssemos títulos novos, com gráficos e componentes caprichados - e não esses "meia-boca" que encontramos na maioria dos jogos atuais.
Este que lhes escreve está em vias de terminar a criação de um jogo próprio, sobre o garimpo na Serra Pelada. Acredito ser um tema interessante, atual (vide os recentes casos de brigas entre garimpeiros) e que faz parte da história do país. Já fiz as regras e alguns play tests. Falta a criação da arte e mais alguns ajustes. Quem sabe não dá certo? A produção nacional está precisando - vale a tentativa. O duro é conseguir publicá-lo depois... mas isso é assunto pra mais tarde.

Tecnologia a desserviço do esporte

Hoje acordei de manhã para ver Fórmula 1 e me deparei com uma cena bizarra: a toda poderosa Ferrari perdendo feio para uma porcaria de "sistema eletrônico" de pit-stop. É triste ver a tecnologia atrapalhando os sonhos de uma equipe de Fórmula 1 e, para nós brasileiros, mais triste ainda ver um compatriota, Felipe Massa, sendo prejudicado por isso.
O brasileiro, no pit-stop, foi liberado pela equipe por meio da luz verde de um painel localizado acima do ponto de parada, mas um dos mecânicos ainda terminava o reabastecimento. Com isso, Felipe saiu arrastando a mangueira e por isso teve de parar no fim do pit-lane para que ela fosse retirada.
Depois, voltando à maneira antiga (e muito mais funcional), a Ferrari utilizou a velha placa, conhecida como pirulito, para sinalizar aos pilotos nos pit-stops seguintes...
E Rubinho? Barrichello quebrou (de novo) e saiu. Nelsinho Piquet bateu sozinho no muro, deixando seu futuro na F-1 mais incerto ainda. Talvez a equipe de Nelsinho o descarte de vez depois dessa.
Fim-de-semana cruel pros brasileiros e pro mundo da tecnologia!