sexta-feira, 19 de julho de 2013

Zombicide!! Zumbis na área...!!

Conheci hoje o tão falado Zombicide, versão caprichada da Galápagos. Joguei com o personagem Ned, que é representado, no desenho, como um cara mau, munido de um taco de beisebol ensanguentado e um rifle. Thiagão foi de Wanda e Doug, mas Wanda logo morreu. Sorte que, no mesmo turno, o personagem Josh entrou na briga.


O jogo tem uma mecânica simples, com sistema de pontos de ação. A medida que você mata zumbi, seu personagem vai subindo de nível e, consequentemente, ficando mais forte.



Ned, meu personagem fudidão, foi bem na primeira partida.


Thiago se virando para escapar... 


Jogo bem legal. Diversão na certa. Eurogames podem não gostar, mas só se forem puritanos... hehehe


domingo, 14 de julho de 2013

Oasis - a luta pelo poder no deserto da Mongólia



Hoje deu vontade de aprender algo novo e... obscuro. Sim, obscuro. O jogo "Oasis", dos autores Alan Moon (o mesmo do famoso Ticket to Ride) e Aaron Weissblum (quem??), é praticamente desconhecido no mundo dos tabuleiros. Adquiri minha cópia já há alguns anos e nunca, até então, havia lido as regras com calma, nem muito menos feito uma learning session.



Pois então, acabei colocando a criança na mesa e simulei uma partida de três jogadores.
O ambiente do jogo é bem legal. Os jogadores são chefes de família na Mongólia (na região do deserto de Gobi) que lutam pelo poder na região. O tabuleiro tem uma aparência bem "arenosa", com espaços (quadrados) para colocação de tiles de estepes, rochedos, oásis e, claro, para os camelos. Aliás, os camelos são o charme do jogo, caprichosamente feitos de madeira.



O sistema é relativamente simples. Temos, aqui, um jogo de colocação de tiles e controle de área. Os autores do jogo também usaram as mecânicas de leilão e de manejamento de cartas.

No começo, o jogador tem um deck de cartas fechado (face pra baixo) e sua primeira ação é virar a primeira carta do topo, sendo esta sua oferta aos outros jogadores. Se achar que essa oferta é baixa (ou seja, desinteressante para os outros jogadores), ele pode virar mais uma ou duas. Todos os jogadores, na ordem do turno, fazem o mesmo: todos viram cartas de seu deck para oferecer cartas aos adversários, numa espécie de leilão.

É importante você deixar suas cartas atraentes para os  adversários, pois é a chance do jogador com o marcador de turno "número 1" escolher suas cartas e transferir, dessa maneira, o marcador para você. Munido desse marcador "número 1", você tem o direito de começar o próximo turno já colocando um tile de graça (extra) no tabuleiro.

Na ordem de turno, os jogadores vão escolhendo as ofertas (cartas) mais atraentes dos adversários e realizando as ações descritas nas cartas.

As ações são diversas: colocar tiles (de rocha, estepe ou oásis) no tabuleiro, obter marcadores de ponto (commodities, fonte de água, cavalo ou ovoos*), colocar camelos no tabuleiro, ou obter novas cartas para seu deck.

(*pausa cultural: "Ovoos" são locais sagrados para os mongóis. São uma espécie de altar, feito de pedras amontoadas - ou madeira, onde agradecem a natureza e pedem paz nas suas 'andanças' pelas terras desertas e rochosas).

Cada vez que você coloca um tile novo, que você ainda não tinha no tabuleiro, é obrigado a colocar um peão seu em cima. Por exemplo: se você colocar um tile de oásis, e você ainda não tiver nenhum no tabuleiro, você deve colocar o peãozinho em cima dele. Dessa forma, você vai marcando seu território, que, no decorrer do jogo, tende a se expandir. Aqui entra a "sacanagem com o amiguinho", pois você pode atrapalhar a expansão dele, cercando a área com os seus tiles.

Outra sacanagem que dá pra fazer é separar o "comboio" de camelos. Quanto mais camelos juntos, ligados horizontalmente ou verticalmente, mais pontos você faz no fim do jogo. Então, separar os camelos do adversário pode ser um boa pedida.

As cartas não têm nada escrito e possuem ícones bem grandes e de fácil entendimento. O jogo, em si, é bastante simples. Não há, para o jogadores, escolhas muito difíceis. Ele tem  que tentar escolher as cartas que mais lhe darão vantagem, sempre tentando escapar do cerco do adversário no tabuleiro.

No fim do jogo, os tiles são bem pontuados se o jogador tiver adquirido, no decorrer da partida, os marcadores de pontos relacionados. Se você tiver muitos tiles de estepe, fará muitos pontos se colecionou marcadores de cavalo; se tiver muitos camelos no tabuleiro, fará muitos pontos se adquiriu marcadores de commodity; e assim vai.

É um eurogame leve e rápido. Não há muitas escolhas para serem feitas: o jogador deve se virar com o que veio na ocasião, sempre tomando cuidado para, na hora do leilão, não munir o adversário com cartas que lhe beneficiem demais. Jogadores ocasionais podem gostar mais do que os gamers.

Eu gostei do "Oasis" nessa learning session de hoje. Acredito que com quatro ou cinco jogadores a partida fique mais "apertada", mais difícil de se ter controle dos acontecimentos (caótico?). Isso porque os espaços disponíveis devem ficar escassos demais, limitando a expansão das áreas dos jogadores. Pode ser que, desse modo, a partida fique mais tensa, coisa que eu gosto nos jogos...   :-)
Só testando pra saber...

Playtest do jogo "Garimpo na Serra Pelada"

Hoje fizemos um playtest de um jogo que criei há um bom tempo, mas que estava "guardado" esperando a oportunidade de ser devidamente testado e lapidado. "Garimpo na Serra Pelada", como não podia deixar de ser, é sobre garimpo e suas facetas. Os jogadores são patrões sedentos por ouro, que contratam garimpeiros em diferentes regiões da Serra Pelada e capangas para alguns "servicinhos sujos".
Ganha quem dominar uma das três regiões de garimpo do tabuleiro ou, ao final de um dos decks de cartas, tiver a maioria de trabalhadores nessas regiões. Durante o trabalho, surtos de meningite podem atrapalhar a vida dos garimpeiros.


O jogo ainda não está pronto, mas, nas palavras do Thiagão (meu companheiro de jogatina e playtester do game), "a ideia é boa e tem futuro". Vamos lapidar. Quem sabe não sai aí um novo boardgame brasileiro?




Blue Moon City - obra-prima do mestre Knizia

Hoje teve jogatina aqui no Porão das Peças, ou seja, no porão da minha casa. A surpresa foi Blue Moon City, do famoso Reiner Knizia. A fama de grande designer de jogos não é, realmente, à toa. O jogo é simplesmente sensacional. A aplicação da mecânica ao tema desse boardgame, ao contrário do que eu já ouvi falar sobre vários jogos dele, é muito bem implementada. Não é, de forma alguma, "colada com cuspe". 



A cidade fictícia de Blue Moon precisa ser reconstruída e, para isso, seres de diferentes raças juntam forças para a tarefa. O jogador, por meio da combinação de cartas, deve maximizar as ações para construir a cidade da melhor - e mais rápida - maneira possível. Ganha quem administrar melhor essas cartas e, claro, tiver um pouco de sorte na hora de pegá-las do monte. Apesar da presença da sorte, o jogo é muito estratégico, pois não adianta, por exemplo, tirar cartas ótimas e não souber maximizar as ações com elas. Eu diria que o fator sorte, neste jogo, dá um toque especial - e essencial para o clima de tensão (principalmente entre o meio e o fim da partida).

Os peões dos jogadores andam pelos diversos locais da cidade, onde estão sendo construídas grandes edificações. Cada jogador pode contribuir com cada uma delas (há, no entanto, exceções: alguns prédios permitem que apenas um jogador os construam).

Durante essas construções, os jogadores contam com a ajuda de dragões - fantasia pura, coisa que eu curto muito! O objetivo é, com todo esse trabalho, arrecadar cristais que serão futuramente usados para edificar um grande obelisco no centro da cidade.

Ganha quem construir de maneira mais eficaz os prédios e, consequentemente, fizer maior contribuição à edificação do tal obelisco.

No final da partida, as ações ficam apertadas - característica dos jogos de Knizia. A partida que jogamos foi com três jogadores, um número excelente para este jogo. Recomendadíssimo.