domingo, 27 de outubro de 2013

Die Speicherstadt - um nome esquisito pra um jogão

Acompanho diariamente a lista de discussão de jogos de tabuleiro BG-BR e li muito sobre o designer de jogos Stefan Feld. Tentando não ser "Maria vai com as outras", li bastante sobre seus jogos antes de comprar um. Primeiramente, peguei Die Burgen von Burgund. Ficou parado um tempo, esperando sua vez de ver mesa. Depois que li as regras, achei o jogo tão bom que comecei a jogá-lo avidamente e, mesmo perdendo uma partida atrás de outra (na internet), hoje é um dos meus preferidos. Aí, então, resolvi comprar outro, de nome esquisito, e... CARACA! Estou falando de Die Speicherstadt (Atchim...! Saúde!!), um jogo diferente de tudo o que havia jogado até então e MUITO BOM.


Em Speicherstadt (Ahhhh... Juro que não fui eu!!!), o jogador precisa fazer bons negócios na cidade de Hamburgo, na Alemanha. Ele vai vender produtos, receber matérias-primas de barco, atender a demandas de produtos por meio de contratos, e - vejam só! - até apagar incêndios com bombeiros. 

Cada jogador tem míseros três trabalhadores de madeira (workers), que são usados em leilões que acontecem no tabuleiro. Os leilões são para ganhar cartas. Tudo no jogo se conquista por meio das cartas - sendo, portanto, um card game turbinado com tabuleiro e pecinhas de madeira. Os leilões são pagos com moedas (muito legais por sinal).


É muito simples: as cartas viradas no tabuleiro a cada turno serão disputadas por meio da alocação de trabalhadores numa fileira localizada logo acima do local de cada carta. Nessa fileira, os jogadores vão colocando seus trabalhadores em ordem, um depois do outro. O primeiro trabalhador alocado dá ao jogador correspondente o direito de comprar a carta primeiro. Se ele não quis efetuar a compra, ele tira o trabalhador, deixando para o próximo jogador da fileira a chance de comprar a carta. Quanto mais trabalhadores são colocados nessa fileira, mais cara fica a carta. Cada trabalhador encarece em um "dinheiro" o valor da carta, ou seja, na medida em que os primeiros jogadores desistem da compra e vão retirando seus trabalhadores, mais barata ela se torna, o que é melhor para aqueles que ainda estão participando do leilão.


O deck de cartas é separado em estações do ano. Na primeira do jogo, que é o inverno, não há incêndio. No entanto, nas próximas, os bombeiros adquiridos pelo jogador terão que trabalhar. O jogador que mais possuir bombeiros, ganha os pontos descritos na carta. Aquele que tiver menos, perde o mesmo valor em pontos. Mas os incêndios são só uma parte do jogo. Os jogadores vão lutar por barcos cheios de mercadorias, por contratos vantajosos de venda de materiais, por prédios que oferecem pontos, etc. 

Vale muito a pena. Um jogo simples, que dá pra explicar em cinco minutos. Eu, por exemplo, cheguei a explicar jogando, sem learning session prévio. 

Ah! Stefan Feld. Guardem o nome desse cara. É um gênio.

PS - o nome sinistro do jogo se pronuncia assim: IXPÁIRRER IXTÁT.

2 comentários:

Igor Knop disse...

Muito boa a resenha!

Também achei um ótimo jogo, foi muito bem recebido aqui.

laskera disse...

Isso aí, Igor. Hj joguei mais duas, de 2 players. Estamos gostando, tanto que já mandei trazer o Keispecher. Abç.