Sabe aquele boardgame que parece meio simprão, mas que
depois “se transforma”? Pois é, este é o caso.
São várias pistas que podem ser montadas (os trechos de pista vêm em tiles, que são juntados conforme manda o desenho de cada uma), mas a dinâmica é praticamente a mesma em todas, só mudando o traçado e outros detalhes menores.
A pista onde acontece a corrida tem algumas faixas por onde
as bicicletas disputarão as posições. Cada jogador tem dois ciclistas (que
compõem sua equipe) e as bikes se movimentam de acordo com o valor das cartas baixadas
(bem simples: carta de valor “5” faz a bike andar cinco casas, e assim por
diante). Há, porém, subidas no percurso (representadas por faixas vermelhas) e
descidas (faixas azuis), que dão um twist bacana, pois, por exemplo, em uma
subida, o máximo que você pode se movimentar é cinco casas, mesmo que baixe uma
carta de valor “7”, por exemplo. Já na descida, é o contrário: você pode ir na "banguela".
Ok, até aqui tá legalzinho, mas sem nada de especial, não é? Então,
onde está o “tchan” da coisa? Chegamos no momento de falar do cansaço dos
ciclistas, que faz toda a diferença! Cada jogador deve ficar esperto para não
querer encarnar o Ayrton Senna logo de cara, pois é preciso saber dosar a hora
de andar mais forte e a hora de ser mais maneiro com seus ciclistas.
Flamme Rouge na mesa! Os meus ciclistas foram os azuis! Um deles foi muito bem e acabou vencendo! |
Os pelotões andam muito próximos, e o vácuo tem efeito importante no jogo. E detalhe: o ciclista à frente do pelotão sempre sofre um desgaste, representado por uma carta de “castigo” que suja seu deck de cartas de movimento. Eis a sacada! O cara muito apressadinho, que quer liderar sempre os pelotões, irremediavelmente vai tomar carta de cansaço que vai prejudicar seu rendimento durante a corrida!
Essas cartas de fundo vermelho, de valor 2, são o terror em Flamme Rouge; são recebidas quando um ciclista lidera um pelotão, representando seu "cansaço". Ou seja, suja seu deck! |
Então, o ideal mesmo é andar junto com o pelotão, sem querer "se aparecer demais", de preferência pegando os vácuos dos caras da frente, e dar o sprint no momento certo, em trechos mais propícios da pista.
Achou legal? Cara, eu me surpreendi. E dizem que a expansão, chamada "Peloton", traz coisas bem interessantes. Estou curioso e quero jogar!
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