Na minha mais robusta solidão
Abraço a música e exponho a cicatriz
Sem que lábios esboçassem sussurros
Pois a dor que invade está guardada.
Um sonho sonhado de olhos abertos,
mas que sonho é esse,
em que olhos abertos não veem o mar?
No remanso das ondas da saudade
Uma gaivota pousou na areia
Depois virou desenho de pareidolia.
Minha lembrança tocou a sombra
Formada por seus cabelos
Que um dia cobriram meu rosto ao vento.
No profundo abismo d'alma
Nas partes mais abissais, enfim
Mora alguém que lembra do sorriso puro,
de quando ainda era criança.
A lágrima que percorreu o rosto
Tentei disfarçar e não deu
Escorreu e parou na boca
À espera de um beijo teu.
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